Press release

Drones revolucionam o monitoramento de ativos no setor de energia

17 de Janeiro de 2020

As novas tecnologias estão cada vez mais presentes nas atividades de monitoramento e inspeção e os drones vão mudar a atuação nesse mercado nos próximos anos. Estamos falando de um mercado potencial entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões anuais em serviços prestados mundialmente utilizando a tecnologia. Apesar do uso de drones no setor de energia ser relativamente novo no Brasil, também aqui começa a ganhar espaço por permitir uma avaliação mais assertiva dos ativos, refletindo em ganhos operacionais importantes para os clientes. Somente em investimento, a redução pode alcançar de 10% a 30%, dependendo do serviço desenvolvido.

A ferramenta segue uma tendência global de digitalização, substituindo processos manuais por novas técnicas que estão cada vez mais presentes na rotina de trabalho das equipes de inspeção e monitoramento. Isso possibilita a identificação mais rápida de problemas e sua solução, além de maior segurança para os profissionais.

Com os drones, chegamos a lugares de difícil acesso, como a parte inferior de pontes ou viadutos, ou ainda grandes alturas, como torres de energia ou geradores eólicos.

O uso do equipamento é indicado para as atividades que não exigem contato físico, desde inspeções visuais, passando por análise de infravermelho, ultravioleta, campo magnético até detecção de problemas em placas de geração de energia solar. Os drones carregam diversos outros sensores, efetuando de uma única vez atividades que antes eram realizadas separadamente, proporcionando ganho de tempo e de investimento. O uso combinado com softwares possibilita ainda a análise automática de dados, aumentando a assertividade e a eficácia das inspeções.

Aí entra o primeiro grande desafio do mercado: transformar dados em informações. Gerenciar a análise, o manuseio e a governança das informações coletadas. O volume de dados gerado por uma inspeção é enorme, alcança 1Tb por dia de trabalho eprecisamos de soluções que permitam uma melhor gestão desses dados. Um caminho é a utilização de inteligência artificial para processar, catalogar e organizar todos esses dados, transformando-os em informações úteis para que a equipe técnica possa interpretá-las e propor soluções para os clientes.

Para alavancar o uso da tecnologia e nos beneficiarmos das vantagens que seu uso traz também é preciso vencer a barreira do alto custo dos equipamentos. Os modelos utilizados profissionalmente são totalmente importados e precisam de homologações no Brasil. Os custos de importação, taxação e documentação ainda representam parte importante do investimento necessário.

A utilização de drones no setor já tem um potencial de crescimento relevante hoje e isso ainda deve aumentar exponencialmente, considerando que estão sendo avaliadas novas aplicações, conforme a tecnologia é aprimorada.


A principal demanda hoje é por mais autonomia e duração das baterias dos equipamentos, o que estimula os fabricantes a criarem soluções tecnológicas mais leves e eficazes. Há estudos envolvendo o uso de energia solar para alimentar o sistema, o que possibilitará o desenvolvimento de drones que voam e se comunicam de forma contínua e autônoma por anos, contribuindo com informações importantíssimas para o monitoramento de florestas, fazendas solares e eólicas, produção agrária, ativos de grande desenvolvimento horizontal como estradas ou oleodutos, fronteiras e segurança pública, por exemplo.

O Grupo Bureau Veritas, líder mundial em Teste, Inspeção e Certificação (TIC), realiza monitoramento de painéis solares e aerogeradores por drones no Brasil desde o primeiro semestre de 2018. A companhia realiza as inspeções técnicas especializadas nas unidades geradoras por meio de um sistema que garante a conformidade com as normas e padrões de qualidade exigidos pelo mercado.

Leonardo Tozzi Pinheiro

*Leonardo Tozzi Pinheiro é gerente de produtos do Bureau Veritas, líder mundial em Teste, Inspeção e Certificação (TIC). Com receita global de 4,6 bilhões de euros, a empresa está presente em 140 países, atendendo 400 mil clientes com suas seis divisões de negócios: Marítimo & Offshore, Agronegócio & Commodities, Indústria, Construção & Infraestrutura, Certificação e Varejo.